segunda-feira, 12 de março de 2012

VÍDEO BONITO/MS - UMA VIAGEM EM 05 DIAS

Após experiências realizadas e relatadas no post "prosa digital" (abaixo), segue um vídeo com todos atrativos visitados:


Destaque para o momento do registro da ariranha junto ao grupo

PROSA DIGITAL: BONITO/MS DIAS IV E V - Buraco das Araras e Rio da Prata

Chegamos ao quarto e mais aguardado dia, por conta dos atrativos a serem visitados. Dessa vez, o destino seria o município de Jardim, localizado a aproximadamente 60 quilômetros de Bonito. Com estrada em perfeitas condições, chegamos à localidade logo pela manhã. A visita com duração de um dia todo teria como atrativos, duas disputadas localidades.

Buraco das Araras

recepção do empreendimento
Em uma propriedade de porte médio, localizada ao lado da rodovia, encontrava-se uma modesta recepção - Com um passeio rápido e de contemplação com duração média de 01 hora – preço médio de R$30,00 – os visitantes são divididos em grupos de no máximo 10 pessoas e acompanhados de guia de turismo ou monitores ambientais, iniciam o percurso de aproximadamente 900m que os levará até uma das maiores dolinas – conhecida popularmente com sumidouro, é uma depressão circular formada pelo abatimento do solo em regiões de rochas carbonáticas (mármores, calcáreos) – do Brasil.
Mirante



Durante o trajeto pode-se observar a vegetação e fauna típica do cerrado, onde a contemplação é feita a partir de dois mirantes, instalados na beira do abismo, onde duas lunetas fixas estão disponíveis. Além da bela paisagem, deste ponto é possível observar o voo das araras e das outras aves que habitam o local, como curicacas, carcarás, pássaros-pretos, gralhas, papagaios, periquitos e eventualmente, o acauã e o gavião-pato.

Para melhor visualização das aves, a época do ano onde ocorre a visita e o horário frequentado é fundamental para superação de sua expectativa. Particularmente, fiquei mais satisfeito com a paisagem ímpar apresentada. Maiores informação poderão ser encontradas no site do empreendimento: www.buracodasararas.tur.br


Rio da Prata




receptivo rio da prata
Apenas alguns quilômetros do Buraco das Araras, o passeio de ecoturismo Recanto Ecológico Rio da Prata localiza-se na Fazenda Cabeceira do Prata. O local se destaca como um dos principais pólos ecoturísticos brasileiros, devido à rara beleza natural de rios cristalinos,  matas, fauna e flora.

Além disso, o sistema de organização das atividades turísticas é considerado um modelo no país. Assim como nas outras localidades, a infraestrutura da recepção é impecável, nesse caso, com uma aparência mais próxima de uma propriedade rural, o que sinceramente me agrada.


Na localidade o visitante pode optar pelos seguintes passeios: trilha e flutuação, mergulho com cilindro, passeio a cavalo, observação de aves e estudo do meio. O pacote adquirido e popularmente requisitado foi a trilha com flutuação no rio Olho D’água.

Após um breve conhecimento da localidade, fomos direcionados a uma área para vestimenta dos trajes adequados e repasse de algumas informações de conduta.

flutuação alinhada e planejada
águas cristalinas
Com grupos de no máximo 09 pessoas mais o guia especializado, fomos deslocados por alguns quilômetros por uma caminhonete até a Reserva Particular do Patrimônio Natural. Iniciou-se então uma tranquila caminhada pela mata do Olho D’Água, através de uma trilha interpretativa. Inúmeras árvores centenárias, orquídeas e bromélias são encontradas no trajeto, e existem boas chances de se observar aves e animais silvestres. A trilha termina na nascente do rio Olho d’Água em uma enorme piscina natural de águas cristalinas onde os visitantes recebem um breve treinamento para início da flutuação. É recomendada a locação de máquinas subaquáticas para registro de toda experiência a ser vivenciada – custa em média R$30,00 nas agencias receptivas.

cardumes de peixes
Ali percebemos que seria um grande dia, pois, apenas no breve circuito pela nascente, nos deparamos com um jacaré e surpreendentemente, com uma ariranha de grande porte que resolveu se exibir para o grupo em rápidas nadadas até conquistar seu desejado almoço, um enorme pacu de cor azulada. Segundo nosso guia, era a primeira vez que isso havia acontecido no local – em meu blog você poderá ver o vídeo que retrata essa experiência.



Após ânimos estabilizados iniciamos o passeio pelas suaves correntezas em um passeio por um mundo subaquático habitado por dezenas de espécies de peixes e plantas aquáticas. Cardumes de piraputangas, dourados, curimbatás, piaus, matogrossinhos e outros peixes do Pantanal são alguns dos companheiros durante a descida pelo rio.

Com cerca de 2 quilômetros de percurso, o passeio se encerra em um grande olho d’água conhecida como “vulcão” com uma vazão nunca vista até então. Após uma pequena trilha, pegamos um barco elétrico onde um moderado trecho foi percorrido pelo Rio da Prata até próximo a base onde se encontrava nossa caminhonete para retorno à sede da propriedade. O passeio dura em média 4 horas.

grande olho d'água
Ao chegar à sede, a requisitada e popular culinária sul mato grossense já nos aguardava no restaurante do empreendimento. Considerando o desgaste físico, junto a um consistente almoço típico, para fechar o dia com chave de ouro, nada melhor do que descansar alguns minutos antes do retorno, no redário da fazenda e contemplar a natureza. O passeio custa em média R$170,00 e inclui o acesso a propriedade, flutuação e almoço típico. Informações no site: www.riodaprata.com.br

DIA V

Malas prontas e logo pela manhã a van já aguardava em frente à pousada. Após pegarmos mais alguns visitantes, retornamos por aproximadamente 04 horas pelas inúmeras paisagens divididas entre vegetação de cerrado, áreas de pastagens e campos de soja até o município de Campo Grande. Após 02 horas aguardadas, entrei num voo até São Paulo.
Enfim, 05 dias de experiências memoráveis e recomendado para aquele que valoriza a interação do ser humano com a natureza de forma organizada e planejada. Não por acaso chama-se Bonito. 

PROSA DIGITAL: BONITO/MS DIA III - Boca da Onça Ecotour

Receptivo Boca da Onça Ecotour
Após dois dias intensos de atividades entre vivência com jiboias, exploração de cavernas, flutuação em águas cristalinas e gastronomia típica– conforme relatado na edição anterior – logo cedo, na manhã do terceiro dia na cidade, a van já me aguardava em frente à pousada para visitação em mais um atrativo impar encontrado na região. A pequena cidade de Bodoquena, localizada à aproximadamente 70 quilômetros de onde me encontrava, reservava mais uma bela experiência de turismo de natureza. Nosso destino era um lugar chamado Boca da Onça Ecotour.

Escultura receptivo
Depois de mais de uma hora de trajeto entre estradas vicinais e, naquela ocasião, precários trechos em estrada de terra, chegamos ao grande complexo turístico receptivo. O local se baseia em 2.000 hectares direcionados à pecuária e preservação ambiental onde ali são agregadas as atividades turísticas no meio natural.

Com perfeito conjunto arquitetônico no receptivo, a primeira impressão é de que esse passeio seria de fato diferenciado. A infraestrutura da localidade se resume a um enorme restaurante com destaque para a já citada culinária sul mato grossense, uma estratégica área para as breves palestras introducionais, piscinas de água corrente com peixes da região, aeródromo, trilhas em meio à mata nativa, quiosques em pontos estratégicos, mirantes para contemplação da paisagem e uma impressionante base para realização de atividades verticais.

Após reunião do grupo, fomos direcionados a uma sala onde recebemos as informações sobre o que seria realizado e dicas sobre a conduta dos participantes. Interessante a preocupação da equipe receptiva ao citar sobre os limites físicos de cada visitante em relação ao cenário a ser vivenciado, pois percorreríamos 04 quilômetros em relevo acidentado com declives e aclives acentuados.

Placas informativas
Dali, fomos apresentados ao guia responsável pela condução do grupo e num pequeno trecho percorrido entre áreas de pastagem, chegamos à entrada da trilha ecológica da Boca da Onça. Considerando o grande numero de visitantes, junto à preocupação de manutenção das características naturais da localidade, o trajeto guiado era adaptado com pequenas estruturas de segurança e limitação lateral demarcada para facilitar o agrupamento de pessoas.
O primeiro trecho é todo em declive, onde através de passarelas e escadarias, tivemos contato com centenas de espécies da flora local – as principais são identificadas com placas informativas e explicativas – junto à rica fauna representada por insetos, aves e mamíferos. Porém, são os recursos hídricos constatados a cada obstáculo alcançado que enaltecem e surpreendem os visitantes. São aproximadamente 10 cachoeiras com as mais variadas formas e tamanhos junto a atrativos como o Buraco do Macaco, uma pequena piscina natural onde os mais ousados optam por se refrescar aos pés de uma das cachoeiras com forte fluxo d’água.
Após considerável descida e aproximadamente 02 quilômetros percorridos, chegamos a um ponto de apoio com quiosque, enfermaria e sanitários.  Neste ponto, o visitante tem a oportunidade de seguir caminho adiante ou, por suas limitações físicas, retornar à base com uma das jardineiras da propriedade com capacidade para 12 pessoas.

Continuando o trajeto, nesse momento, já próximo às margens do Rio Salobra, nos deparamos com uma impressionante paisagem. Estava ali, em minha frente, a cachoeira Boca da Onça, maior do Estado do Mato Grosso do Sul com 156 metros de queda livre e intenso fluxo d’água junto a uma bela piscina natural em sua base. Com alguns minutos direcionais para interação e contemplação da área, logo seguimos caminho para o momento mais tenso de todo o trajeto. Se até aquele momento apenas havíamos descido e considerando que o trajeto se resumia a um circuito em algum momento deveríamos começar a subir. Exatamente nesse instante que foi-nos apresentada uma “fascinante” escada de 886 degraus construída ao longo de um imenso paredão de calcário.

Ao fundo, cachoeira da Boca da Onça

A cada etapa conquistada, paralelo ao desgaste físico, tínhamos como motivação a perfeita visão panorâmica que a região apresenta, onde se inclui a vista lateral da enorme cachoeira, uma perfeita extensão do Rio Salobra na região do vale ao entorno e sinuosos morros. Ao final de toda escadaria, a grande surpresa é um estrutura artificial projetada para atender ao rapel de plataforma considerado mais alto do país, com 90 metros de altura - optando por realizar o rapel, o visitante deve pagar um valor adicional com hora marcada na recepção da propriedade.

Mais alguns metros percorridos, chegamos novamente à base da propriedade e como o tempo previsto de passeio durava o dia todo, o final da tarde se resumiu num almoço caseiro e aproveitamento das piscinas naturais e interação com as dezenas de peixes que ali se encontravam.


O passeio custa em média R$170,00 reais. Inclui-se nesse valor o transporte de Bonito para Bodoquena, entrada na propriedade, visitação na trilha da Boca da Onça e almoço típico.