segunda-feira, 12 de março de 2012

PROSA DIGITAL: BONITO/MS DIA III - Boca da Onça Ecotour

Receptivo Boca da Onça Ecotour
Após dois dias intensos de atividades entre vivência com jiboias, exploração de cavernas, flutuação em águas cristalinas e gastronomia típica– conforme relatado na edição anterior – logo cedo, na manhã do terceiro dia na cidade, a van já me aguardava em frente à pousada para visitação em mais um atrativo impar encontrado na região. A pequena cidade de Bodoquena, localizada à aproximadamente 70 quilômetros de onde me encontrava, reservava mais uma bela experiência de turismo de natureza. Nosso destino era um lugar chamado Boca da Onça Ecotour.

Escultura receptivo
Depois de mais de uma hora de trajeto entre estradas vicinais e, naquela ocasião, precários trechos em estrada de terra, chegamos ao grande complexo turístico receptivo. O local se baseia em 2.000 hectares direcionados à pecuária e preservação ambiental onde ali são agregadas as atividades turísticas no meio natural.

Com perfeito conjunto arquitetônico no receptivo, a primeira impressão é de que esse passeio seria de fato diferenciado. A infraestrutura da localidade se resume a um enorme restaurante com destaque para a já citada culinária sul mato grossense, uma estratégica área para as breves palestras introducionais, piscinas de água corrente com peixes da região, aeródromo, trilhas em meio à mata nativa, quiosques em pontos estratégicos, mirantes para contemplação da paisagem e uma impressionante base para realização de atividades verticais.

Após reunião do grupo, fomos direcionados a uma sala onde recebemos as informações sobre o que seria realizado e dicas sobre a conduta dos participantes. Interessante a preocupação da equipe receptiva ao citar sobre os limites físicos de cada visitante em relação ao cenário a ser vivenciado, pois percorreríamos 04 quilômetros em relevo acidentado com declives e aclives acentuados.

Placas informativas
Dali, fomos apresentados ao guia responsável pela condução do grupo e num pequeno trecho percorrido entre áreas de pastagem, chegamos à entrada da trilha ecológica da Boca da Onça. Considerando o grande numero de visitantes, junto à preocupação de manutenção das características naturais da localidade, o trajeto guiado era adaptado com pequenas estruturas de segurança e limitação lateral demarcada para facilitar o agrupamento de pessoas.
O primeiro trecho é todo em declive, onde através de passarelas e escadarias, tivemos contato com centenas de espécies da flora local – as principais são identificadas com placas informativas e explicativas – junto à rica fauna representada por insetos, aves e mamíferos. Porém, são os recursos hídricos constatados a cada obstáculo alcançado que enaltecem e surpreendem os visitantes. São aproximadamente 10 cachoeiras com as mais variadas formas e tamanhos junto a atrativos como o Buraco do Macaco, uma pequena piscina natural onde os mais ousados optam por se refrescar aos pés de uma das cachoeiras com forte fluxo d’água.
Após considerável descida e aproximadamente 02 quilômetros percorridos, chegamos a um ponto de apoio com quiosque, enfermaria e sanitários.  Neste ponto, o visitante tem a oportunidade de seguir caminho adiante ou, por suas limitações físicas, retornar à base com uma das jardineiras da propriedade com capacidade para 12 pessoas.

Continuando o trajeto, nesse momento, já próximo às margens do Rio Salobra, nos deparamos com uma impressionante paisagem. Estava ali, em minha frente, a cachoeira Boca da Onça, maior do Estado do Mato Grosso do Sul com 156 metros de queda livre e intenso fluxo d’água junto a uma bela piscina natural em sua base. Com alguns minutos direcionais para interação e contemplação da área, logo seguimos caminho para o momento mais tenso de todo o trajeto. Se até aquele momento apenas havíamos descido e considerando que o trajeto se resumia a um circuito em algum momento deveríamos começar a subir. Exatamente nesse instante que foi-nos apresentada uma “fascinante” escada de 886 degraus construída ao longo de um imenso paredão de calcário.

Ao fundo, cachoeira da Boca da Onça

A cada etapa conquistada, paralelo ao desgaste físico, tínhamos como motivação a perfeita visão panorâmica que a região apresenta, onde se inclui a vista lateral da enorme cachoeira, uma perfeita extensão do Rio Salobra na região do vale ao entorno e sinuosos morros. Ao final de toda escadaria, a grande surpresa é um estrutura artificial projetada para atender ao rapel de plataforma considerado mais alto do país, com 90 metros de altura - optando por realizar o rapel, o visitante deve pagar um valor adicional com hora marcada na recepção da propriedade.

Mais alguns metros percorridos, chegamos novamente à base da propriedade e como o tempo previsto de passeio durava o dia todo, o final da tarde se resumiu num almoço caseiro e aproveitamento das piscinas naturais e interação com as dezenas de peixes que ali se encontravam.


O passeio custa em média R$170,00 reais. Inclui-se nesse valor o transporte de Bonito para Bodoquena, entrada na propriedade, visitação na trilha da Boca da Onça e almoço típico.

3 comentários:

Unknown disse...

Parabéns pelo blog, também faço o curso de turismo, aqui no Rio de Janeiro e estou adorando do seu blog, muito bom...

Eduardo Bettin disse...

Olá Yasmin, bacana que tem acompanhado o blog. Essa semana coloco mais alguma novidade. Obrigado!

Jonathan disse...

O nome justifica o lugar!